terça-feira, 22 de setembro de 2009

Do tempo

não te esqueças que o tempo
é recurso tão finito
quanto o canário, a bauxita, o palmito
mas não se caça, não se extrai, não se planta
ele passa e não volta
e nada que faças adianta.
não se recupera o tempo perdido
é como o leite derramado
daquele velho ditado
e não como a água do rio
que um dia pode te encontrar
num banho de chuva ou num banho de mar.
fica só um vazio
em você
que assiste o tempo que passou
ou o tempo passar
ao ver que nada mudou
e talvez não vá mudar.
fica de olho no lance
resiste
insiste
antes que fique fora de alcance
esse que não deixa indícios
aproveita da maneira mais pura
pois como o amor de Vinícius
é infinito enquanto dura


2 comentários:

  1. Opa! Vinícius... e mais algumas marcas de intertextualidade! Parabéns!

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  2. Meu, esse ficou muiito bom :D
    Parabéééns mesmo!

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