segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
A verdade sobre a mentira
Revolution 1
eu não vou deixar assim
chamo todos os culpados
para se juntarem a mim
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Contas
e para de me enrolar
me conta algum segredo
que vai me fazer delirar
me conta como
quem
onde
me conta o que
deixa pra lá
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
O começo do fim
foi bem mais que esperança
maior que qualquer lembrança
foram alguns de seus enganos
foi um pouco dos seus planos
que mudou um pouco os meus
"Eu, por mim..."
aqui
ou um pouco mais de mim
aí
um pouco mais da gente
de gente diferente
inteligente
um pouco mais de gente capaz
de gente que faz
um pouco mais de paz
de mais
um pouco mais de tudo que me satisfaz
um pouco mais de mente
que pensa
que está disposta a fazer a diferença
um pouco mais de semente
um pouco mais de presente
um pouco menos passado
menos de tudo que já deu errado
um pouco mais do que dá certo
do que tá certo
um pouco mais de amor por perto
e de tristeza bem distante
um pouco mais de amante
alguma idéia brilhante
um pouco mais de palpite
um pouco menos limite
um pouco mais de mudança
um pouco mais de lembrança
um pouco mais de criança
de esperança
que um dia a gente alcança
um pouco menos vingança
um pouco mais de vontade
um pouco menos saudade
mais amizade
mais disposição
mais gente que estenda a mão
mais comunicação
mais diversão
um pouco mais até de não
contanto que tenha mais sim
um pouco mais de jardim
um pouco menos de fim
um pouco mais de começo
um pouco menor o preço
um pouco menos tropeço
um pouco mais sentimento
conhecimento
um pouco mais de poesia
de fantasia
de anistia
de empatia
um pouco mais de som
um pouco mais de dom
um pouco mais de caminho
um pouco menos sozinho
e antes da partida
eu quero muito mais de vida
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Tanto faz
tão apaixonado
tão alienado
tão revoltado
tão animado
tão louco
tão bobo
tão simples
então não vou escrever nada
À toa
me surgiu em um segundo
juro que não pretendia
mas achei que era uma boa
pra mostrar pra todo mundo
que é fácil fazer poesia
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A vontade
até a minha janela
me trazer boas notícias
e despertar em mim a vontade
de ficar mais à vontade
passarinho
volte sempre
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Canção do Eu Fico
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Parte I
pois tudo que vem de você
qualquer poeta apaixonado
poderia escrever
sem nem te conhecer
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Tudo vai, tudo volta
sábado, 7 de novembro de 2009
Contexto
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Amarelo
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Que é bom
um som
um dom
um Tom
bombom
alguma coisa .com
o cheiro da terra marrom
o gosto do seu batom
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
As vezes
a palavra dita
às vezes, mais que uma mão;
a palavra escrita
às vezes, mais que um perfume;
uma lembrança confortável
às vezes, mais que um beijo;
um amor, um desejo
às vezes, mais que um som;
um sentimento, um dom
às vezes, mais que um gesto
mais que uma percepção
é a força de um manifesto
da mente ou do coração
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Felicidade Clandestina
não vai ser proibida
vai me acompanhar
nos caminhos da vida
não vai ser segredo
eu não vou ter de esconder
e eu não vou ter nenhum medo
do que me possam fazer
a minha felicidade
vai ser alta
e de tamanha beleza
que o corpo vai sentir falta
de um pouco de tristeza
é tão triste
um ser feliz clandestino
ser um feliz clandestino
e a solidão que existe
no coração de menino
e o vazio que insiste
em procurar um destino.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Não fui
para ter-me em teus braços
e te ter nos meus
e só de te ver eu já sei
que cada um dos passos
valeu
e cada amor que eu deixei
não chega nem perto do seu
eu vim
porque não resisti
e eu até que tentei
esconder o que senti
e eu só me provei
que é impossível mentir para si
eu vim
porque meu coração quis assim
ele que decidiu
o que é melhor pra mim
ele viu o que viu
e eu vim
eu vim
agora diz que sim
diz que sim
eu sei
que disse que não ia vir
mas algo me fez desistir
do que falei
e eu vim
eu vim
por não aguentar a distância
foi por sentir saudades
como sentia de meus pais
na época de minha infância
eu vim
por querer
eu vim
sem querer
mas eu vim
agora diz que sim
eu vim
pra saber
se ainda me quer
e eu só posso ouvir
você me dizer
uma coisa qualquer
que não seja pra eu ir.
Das notas
eu vou falar
independente das notas que você tocar
eu vou cantar
independente das notas que você me der
eu vou fazer o que você quiser
domingo, 4 de outubro de 2009
Dos passos dados
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Os dois lados da história
apesar antes ou porém no meio
eles vão reclamar
e vão dizer que é muito feio
a afirmação contraditória
cabe a você explicar
e se precisar repetir
cada lado da história
que se tem pra discutir
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Faltou dizer
dos devaneios que não voltam
sem esquecer dos abraços
dos braços
que me envoltam
se revoltam
se propõe
e novos caminhos abre
sem falar dos lugares
pra ver antes que o mundo acabe
onde o Sol se põe
onde a Lua nasce
onde brotam os amores
e afagam-se os cabelos
onde criam-se os temores
para depois combatê-los
de pensar nas agonias
nos olhos embotados
combatendo o próprio orgulho
e fazer das fantasias
sentimentos desbotados
na caçamba de entulho
de contar o tempo
pras horas
passarem
e abrirem
passagem
pras novas que vem
de perceber
que não é pra sempre um coração
mas talvez seja uma paixão
e fazer
então
de cada momento
um verso
único, imperdível
que não podia faltar
nesse poema disperso
que eu fiz só pra falar
que entre tudo que eu falei
faltou dizer que te amei.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
De propósito
num raciocínio ilógico
vejo o que quero ver
mirando o mesmo lugar
faço tudo o que posso
pensando em tudo o que quero
e continuo incompleto
nesse tempo que espero
não quero discutir
o que foi colocado em pauta
os termos da oração
explicam o que me falta
nego o que tenho sido
entre a loucura e a sanidade
e não tento fazer sentido
na minha própria realidade
é uma ilusão verdadeira
do que eu sinto da vida
ou me afogo ou decolo
ouvindo uma banda inteira
tocando a canção repetida
todos no mesmo solo
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Tão provável
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Quase-soneto da desilusão
contou seu maior segredo
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Luz
Protocooperação
e eu descubro
me ajudam
a me descobrir
e assim me reconstruo
num singelo movimento
de desconstrução
das poesias que descubro
desconstruir
sem destruir
de uma maneira segura
pra erguer novos patamares
na minha velha estrutura
embriagada de amarras
velha estrutura de papel
que aceita a lapidação
da construção de seguras
experiências alheias
o alicerce intangível
e as vontades que eu trazia
eu lapido em minha vida
como lapido a poesia
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Do tempo
esse que não deixa indícios
aproveita da maneira mais pura
pois como o amor de Vinícius
é infinito enquanto dura
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Minhas coerências tão incoesas
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Fui falar de amor..
terça-feira, 15 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
Parcial
Kay Redfield Jamison no livro "Uma mente inquieta"
Metafórico
a toalha pendurada
no vidro do box
fica ali equilibrada
e a cada pequena gotinha
que respinga do chuveiro
ela fica mais pesada
até que cai pro meu lado
e toma banho comigo
a minha toalha molhada
que, agora,
não serve pra nada
Que queres?
Fernando Pessoa
Um sonho de manhã
,ainda meio tímido,
invade o quarto
pelas frestas da janela
na minha cama
eu estou acordado
ela ainda dorme
de lado, de costas pra mim
e nua
um beijo na bochecha
um no pescoço
um no ombro
um na cintura
um no quadril
enquanto minha mão
desliza insinuante
sobre sua pele
mais um beijo
e ela merece tanto mais
sábado, 12 de setembro de 2009
Igualzinho ao diferente
me sinto fraco e inseguro
e vejo os erros do passado
assombrando o meu futuro
diferente do que eu tenho querido
não estou naquele lugar
apesar de já ter ido
algo me fez retornar
diferente do combinado
a distância hoje existe
restou aquele recado
pra lembrar de um dia triste
Igualzinho ao diferente
que difere do normal
o pensamento do que sente
tão diferente e igual
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Não chega de saudade
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Programando uma visita
Fala Manoel
Como andas por aí?
Aqui não vai nada bem
Tenho que admitir
Apesar da cama que é boa
Não tenho a mulher que quero
E nem sei se vou conseguir
Com a minha biclicleta
De correia estourada
Não me exercito muito
Na verdade, quase nada
Do rei eu não sou amigo
e nem de nenhum governante
o rio está poluído
e o mar fica bem distante
Para me contar histórias
Aqui não tenho ninguém
Por isso conto minhas próprias
Mas já não vejo para quem
Aqui é um mundo vazio
Não há como se aventurar
E os alcalóides que aprecio
Me impedem de usar
Você sim que é esperto
Quando der, mande um postal
E se aqui tudo der certo
Te visito no Natal.
Respostas
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Sensação
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Chuva
não tinha nada escrito
mas vi a chuva caindo em itálico
sobre o asfalto em negrito
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Significado
vago ..
tão sozinho – assim
tento achar um significado
do que está vago dentro de mim
vago ..
e mesmo tão ocupado
me sinto vago
num vazio sem fim.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Nosso perfume
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Concreto
Fazer o que quer
E quando quer
Liberdade para
Ir e voltar
Criar!
Ir de novo e dessa vez não voltar
Dar o que se pode dar
Amar quem se ama, sem saber porque
Depois de tudo que passou, ter a certeza:
Existir não é igual a viver
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Empuxo
Mergulhou de cabeça
Num oceano
De sonhos antagônicos
Insondável
Insólito
Insistente
Insalubre
Insperado
Submerso. Perdido.
Emergiu aliviado
Em vão, pois embebido
Continuou contaminado.
domingo, 30 de agosto de 2009
De pessoa e coração
sábado, 29 de agosto de 2009
(Des)confiança
O futuro vem, o passado vai
Dependendo do que entra
Varia o que sai
Tento me concentrar
Mas minha mente me distrai
E aquele em que mais confio
Desconfio que me trai
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Do amoroso esquecimento
A simplicidade (complexa) do cotidiano
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
I D
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Imperfeito
Rasante
passou rasante
próximo ao chão
mas foi adiante
sem dizer não
traçou o caminho
e seguiu
e mesmo sozinho
se permitiu
negou o oferecido
que julgou ser errado
e o que fora esquecido
de seu passado
e assim, foi longe
ou ainda está indo...
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Incerto
sábado, 22 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Certas coisas
Caminhando
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Libertas Quae Sera Tamen
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!"
Porquerer
não há nada de errado em querer
tenho meus argumentos
“Não quererás”
não estava escrito na tábua dos mandamentos,
nem foi citado na lista dos pecados capitais
então você pode querer sempre mais
mas saiba sempre o quê
mesmo sem saber o porquê
por que?
porque não basta querer
Pensamento
me escuto.
reluto.
dedos engatilhados,
tento
pensar
no que deveria
sentir.
e só me contradigo
porque estou pensando nisso
escrevo sobre isso mesmo
e acabo sentindo
outra coisa.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Get Back
Quando se deu conta
Já estava muito longe
De onde, um dia, pertencera
Havia se perdido
Num labirinto
De suas próprias contradições
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Encontrei perdido no meu caderno
Bronze
no coração da metrópole
entre buzinas e fumaça
uma alma grita por socorro
não há mais o que se faça
é agora estátua
bronze
sem mais cor de alma
domingo, 16 de agosto de 2009
Verdade
Clarice Lispector.
Meias verdades
um passo atrasado
caminho
sem volta
um ato vetado
uma revolta
a palavra dita
dissiparidades
meias certezas
meias verdades
movimento estagnado
nessa pseudoliberdade
o ser degradando
o querer o poder
a justiça espiando
e o mundo girando...
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Insustentável
Ela odiava essa época do ano em que cada dia que você acorda está mais frio e mais feio. Nesses dias ela não gostava de sair da cama. Mas isso só acontecia uma vez por semana, no domingo, que era seu dia de folga. O dia trinta de julho de dois mil e nove não era domingo. Era uma quinta-feira. O despertador tocou no criado mudo. Pareceu que o som que a despertava todas as manhãs estava excepcionalmente mais irritante. Ela desejou ter mais cinco minutos para ficar debaixo dos cobertores, mas ela não tinha. Espreguiçou-se esticando ao máximo seu corpo, da ponta dos pés à ponta das mãos. Descobriu-se e levantou num pulo só. Sentiu o frio do dia em seus braços e pernas que o pijama não cobria. Todo seu corpo se arrepiou e ela chegou a murmurar alguma coisa. Foi para o banheiro e sentou-se para fazer xixi. Ao sentir o assento gelado arrepiou-se novamente. Caminhou até a cozinha e colocou a água do café para ferver no fogão. Gastou três fósforos pra isso. Enquanto a água esquentava voltou para o banheiro. Ao se deparar com o espelho não se reconheceu. Seu cabelo estava bagunçado, suas olheiras lhe conferiam um ar de cansada e para piorar a situação, uma espinha daquelas amarelas tinha surgido bem no meio de sua testa. Ela que nunca fora gorda, nem perto disso, se olhou de lado no espelho para avaliar a silhueta de seu corpo. Também não gostou do que viu. Lavou o rosto e fez tudo o que precisava no banheiro sem olhar mais para o espelho. Foi vestir seu uniforme de trabalho. Enquanto colocava a calça que ela achou estar apertada, pensava em como estava gorda e no que poderia fazer a respeito. Só parou de pensar nisso quando começou a pensar em quanto odiava aquele uniforme. Lembrou que quando trabalhava naquela loja do shopping não precisava usar uniforme nenhum. Tudo conspirava para que seu dia fosse ruim. O apartamento era pequeno o suficiente para se ouvir do quarto a água borbulhando na cozinha. Foi até lá e no caminho deu três batidas rápidas na porta que ficava a esquerda no corredor. O tempo que demorou para coar o café e colocar o pão, uma faca, a manteiga, o queijo e dois pratos na mesa foi o mesmo tempo que Lucas, seu filho de 11 anos, levou para se levantar e ficar pronto para o colégio. Todas as manhãs eram assim. Ela batia na porta, preparava o café da manhã e ele chegava na cozinha já pronto, de mochila nas costas. O pai de Lucas não estava
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Humano
Abri mão de meus princípios
Mas não de meus orgulhos
Não de meus vícios
De meus sonhos
Meus valores
Ambições
Fui ver o que o mundo me guardava
Cansei de esperar o amanhã
Decidi que vou arcar
Com todas as minhas decisões
O medo não foi embora
Mas é bom que permaneça
Para que eu não me esqueça
Que sou real
Que faço parte desse todo ao meu redor
A esperança também fica
Também não pode ir
É meu combustível
Para seguir
O ontem não me assombra mais
Agora só temo o futuro
Besteira de um humano inseguro
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Sol de hoje
O Sol de hoje já nasceu
E ela nem percebeu
Foi atrás do Sol de ontem
Que há muito tempo se escondeu
E quando ela volta
Pra dizer que nada achou
É sempre a mesma resposta:
“o Sol de hoje já passou”
E assim ela continua
Atrás do Sol, rumo a oeste
Mas ela só acha a Lua
Enquanto o Sol nasce ao leste
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Cai a noite
Cai a noite
Cai a temperatura
Caem uns em tentação
Penso em tudo o que o mundo já viu
Penso em tudo que já caiu
Quantos guerreiros
Quantas edificações
Quantos impérios, governos, nações
Quantas máscaras
Quantos filhos
Quantos pais
E então eu me pergunto,
Quantos mais?
sábado, 8 de agosto de 2009
Passagens
às vezes certezas
são tão passageiras
e as passagens
tão certas
o tempo é curto
o tempo é muito
o tempo que temos
não é mais que precisamos
pra fazer mais que já fizemos
ou mais do que planejamos
certo ou errado
o que passou
é passado
incerto é o futuro
no oceano agitado
ou num porto seguro
e o presente é tudo
é o aqui, o agora
é viver essa vida
não deixar pra outra hora
certezas são tão
passageiras.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O Pensador
Penso no que fiz
E no que sinto
Penso no que pode ser
E no que vou escrever
E quando paro de pensar
Penso no que estou pensando
Penso nas palavras
Não só nas que já existem
Penso na vida
No mundo
No tempo
E no espaço
Penso naqueles que amo
Lembro-me de um abraço
Penso nos que já foram
Penso nos que virão
Fujo da solidão
Penso na saudade
E também a sinto
Penso na verdade
Penso, porque minto
Penso em parar
Mas logo ‘despenso’
Penso, logo existo
perdido num pensamento
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Não por acaso
Vão tentar te convencer
Que até mesmo o acaso
É obra do destino
E que nada é em vão
Nem um pensamento
Nem um sentimento
Nem o sim
Nem o não
Que cair é bom
Para poder se levantar
E que errar também é bom
Para poder se arrepender
E você pode até achar
Que não no seu caso
Mas não por acaso